quarta-feira, 18 de maio de 2011

foragida do um conto de fadas que nunca existiu

Uma soldadinha

de chumbo derretido

ia com seu

capacete de água,

seu escudo de pétalas

e a espada de pluma:

armadura de ar completa.

Vestia-se de um tudo

que nada esconde.

Destemida ia, a

amaciar o vento

com a pena-espada.

Vento que,

de sua airosa armadura,

a despia e re-vestia

a cada passo.

para los libros, necesito los números

lo siento,

los números que deseas

no te los puedo dar.

no los tengo,

nada de ellos sé.

si son números,

son universales.

pero yo,

efímera.

doy clases,

no sé de lo números.

enseño a la gente palabras

en una lengua que no conocen,

porque las palabras

cambian.

No son números.

De los números, sé solamente

que son.

yo sé de las palabras,

que a veces están

y otras, no.

pequena oração de poeta que estuda tradução

se sou uma palavra e não sei

escritor que me grafou,

por favor não seja covarde,

em corpus ou glossário não me guarde,

mas num verso singelo de amor.

atraversia

Padeço de mundo
no petit -pave
parada pra ver
atravessar-me
o necessário.
O mundo todo
volta no vento.
Calçada de ar alheio,
mas enxuta de si.
Existir como tudo que ali.
O mundo - pequeno pensamento -
desata dentro.
Seca e afiada
a faca fria da espera:
suportável.
Os carros escorrem
tempo que se perde
quando não deveria.

Para simplesmente cruzar,
estive grávida de lado oposto.