A pólvora no olhar.
Quando seca não explode.
Junte o que pode e o que não pode
Pro olho transbordar.
pra mim/nós/tu/eles/elas/todos/nenhum escriturinhas de mim-mundo, de dia-a-dia pra compartilhar
Meu cérebro fatigado de pensar em medíocres cotidianidades:
O preço, a limpeza, a ordem
Da casa, do dia, de mim
Mente sedenta de conversar caótica sobre
Constelações recentes, velhos paradigmas quânticos
Quem somos, pra onde nunca vamos
Meu cérebro esgotado
Procura alguém que queira
Descansar também
O Fogo
Desse cordel
Me desenterrou.
Cantando, da boca
Se foi o fel
O flagelo que eu mesma
De mim
No pulo, no grito , na ginga
Desatei o nó
que a garganta emudeceu
A saudade, veio,com seu batalhão
O lirismo veio em forma de santo da terra
Eu furei o bucho do céu
Com a pontiaguda tristeza do olho
E foi que choveu, choveu
E me aliviou
Bate, o pé
E transfigura
O que cantou
O lira
Lírico
AOG 4521
A placa, na esquina , em mim.
Aplaca essa sina que incompreendo.
A voz inaudível contra o inimigo?
Contra a cintura carregada,
contra a covardia motorizada,
o que podiam meus grunhidos?
A jaula da farda, disse o amigo.
Se pudesse - e pôde - fui quase nada.
Antes caísse sobre eles o granizo que depois.
Fosse justo esfarrapasse a fard(S)a.
A menina e
o dobro da força, do tamanho, do peso
em dobro sobre si.
Sobre rosa e jeans na parede.
Então,
o labirinto:
190
100
191
100
0800-0090
Lei (lão)? nosso cotidiano
obs. Esse poema foi escrito sobre fato real
presenciado nas esquinas curitibanas, tal placa anda solta ( AOG 45210) pregada
a uma viatura de polícia militar, por isso caso a vejam preferível correr dela do que dos ladrões!