Ah, esses meninos que teimam
em colecionar pedras nada preciosas,
emparedam-se vivos, montando uma coleção
que vai pra museu nenhum.
Ah, se essa rua fosse minha eu mandava
arrancar, lavar, e banir
essas pedrinhas das suas mentes brilhantes.
E depois ia brincar com eles,
que nem me aguentam
tão feliz e saudável
e me deixam assim
a ver navios afundados
em latas de coca-cola.
pra mim/nós/tu/eles/elas/todos/nenhum escriturinhas de mim-mundo, de dia-a-dia pra compartilhar
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
des-espera
Há esta menina que te espera impaciente.
Enquanto vives sonetos de incômodos
nos lugares feitos para desobstruir
o que teus atalhos bloquearam.
Há esta menina que se fez mulher no aguardo da cura e,
Pénelope,teceu em livro trapos poéticos a ti confiados.
Há eu, essa em fêmea feita que monta um quebra-cabeça
de"sem-falta amanhã" e "daqui dois dias"-equivalentes peças.
Há essa represa-mulher enlouquecendo por abrir comportas
e permitir inundações.
Mas "água o amor não é".
Então estanca, segura o intangível líquido em fuga.
Pra que tudo isso termine-nunca em amor
não em copo d`água.
Enquanto vives sonetos de incômodos
nos lugares feitos para desobstruir
o que teus atalhos bloquearam.
Há esta menina que se fez mulher no aguardo da cura e,
Pénelope,teceu em livro trapos poéticos a ti confiados.
Há eu, essa em fêmea feita que monta um quebra-cabeça
de"sem-falta amanhã" e "daqui dois dias"-equivalentes peças.
Há essa represa-mulher enlouquecendo por abrir comportas
e permitir inundações.
Mas "água o amor não é".
Então estanca, segura o intangível líquido em fuga.
Pra que tudo isso termine-nunca em amor
não em copo d`água.
o arco e a flecha
Amo o que está longe,
e também e mais intensamente
o que de mim se afasta lentamente.
Amo o horizonte onde nunca
Acerto a flecha.
Amo o disparo e o caminhar para ele.
Muito mais que a meta.
Amo a corrida, amo nunca chegar.
O desejo que se desfaz
Em outro mais distante
Quando atingido, amo.
Amo queimar meu navios
Quando chego ao cais.
Amo isso tudo
e sempre mais.
e também e mais intensamente
o que de mim se afasta lentamente.
Amo o horizonte onde nunca
Acerto a flecha.
Amo o disparo e o caminhar para ele.
Muito mais que a meta.
Amo a corrida, amo nunca chegar.
O desejo que se desfaz
Em outro mais distante
Quando atingido, amo.
Amo queimar meu navios
Quando chego ao cais.
Amo isso tudo
e sempre mais.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Arte urbana 1 - lambe de peixes num mar magenta
versinho de caderno
Quando gosto de alguém à beça
Acho difícil saber onde termino
E a outra pessoa começa
Acho difícil saber onde termino
E a outra pessoa começa
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