domingo, 26 de abril de 2009

Uma torre de mar. Um oceano de tijolos à vista. A casa no vigésimo andar.Uma piscina de ar comprimido. E também todo essa mobília de crochê, trouxe comigo pra nunca mais.
Vim trilhando com migalhas de medo, um caminhozinho João-e-maria até essa porta que se abriu e me engoliu mais depressa que meu titubear.
Uma caixa de sapatos de água, um punhado de vestidos de terra e alguns de ar. Além, é claro, de um casaco de gente, pesado e quentinho, e dois travesseiros: um de suspiro e outro de gemido.
Vim, e veio comigo o invisível. Vim, e me acompanhaste. Isso que desconheço, que desconhecemos mas já está antes de estar. E agora, além do vaso de mãos plantadas, também me faz companhia.

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