Um dia cresci.
Havia uma casa como um sapato de número menor.
Ficou lá, encontrável no mesmo ponto cardeal em que me desencontraria se ficasse.
Um dia cresci como crescem em mim esses peixinhos dourados,esses versos alheios, esses olhos de louça, esses retalhos de sonhos ruços.
Houve uma jornada, um pé ante pé e outro telhado.
Um número maior, o exato.
Um dia cresci.
De dentro pra dentro fiquei maior.
Ser pequena doía, igual como doí agora ser imensa de mim.
Como a dor desse mundo imenso
que me desobedece.
2 comentários:
lindissimooo poema! amei!!
parabéns luciana, liiiiiinnnndooo... como tudo que cresce muda e nao cabe mais, beijo
ana madu
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