Um dia, quando já não havia mais lugar para as fábricas, reuniram todas as coisas bonitas no pátio. E com seus pesados machados de mármore negro começaram a destroçar as coisas bonitas. Fazia sol, e as coisas foram reduzidas a pó.
Depois do esforço de muitos dias o suor escorria pelos rostos. Por debaixo das roupas estavam úmidos. E os homens, dentro de si,desejavam um vento que lhes aliviasse o corpo.
Foi aí que começou a soprar o vento de Cândida Erendira. Forte e constante entre os prédios da fábrica, cantava. Os homens se sentiam refrescados. Beijava-lhes o invísivel e o suor ia com ele. Olharam, então, para o lugar onde haviam deixado destruídas as coisas bonitas. E os milhares de grãos de pó já não estavam lá.
Assim foi que as coisas bonitas se espalharam pelo mundo.
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