sexta-feira, 30 de maio de 2008

Aquilo existiu ou não? existiu aquilo? não. Ou existiu? Aquilo, os olhos, existiu ou...? Não...ou...existiu. Aquilo foi ou nem.
Assim, fica um amor em mim, um cadaverzinho de anjo na minha existência de flor.
E depois vem também um gosto de pinnus elliot e cipreste, e colina na sombra subtropical.
Enterraria meus pés na tua terra, pra sepultar esse anjo morto.
Mas não tão convecida de que o morto vai de fato morrido.
Talvez criasse raízes e daí já viu... E mais: gosto de vento, o teu, aquele que te abraça no canyon e te lambe o corpo nu e cru.
Uma cachoeira de nós, e nós de pinho pra acender a lareira lá debaixo, do chalé é claro.
E não calo, em mim essa coisa clamando: recorda, lembra, revive!
A úmidade das pedras me excita, algo entre refúgio e melancolia com tesão por musgos e laje fria, pelego e tantas hortênsias.
Debaixo da árvore onde me batizaram também te encontro.

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