sexta-feira, 30 de maio de 2008

Cada dia é uma ferida que lentamente se vai abrindo na massa

da vida, do tempo, de um homem.

Cavo meus dias dia a dia , desvelando o oculto entre a terra densa do futuro.

Por vezes tão modelável - barro ou argila.

Mas outras surge pedregosa e árida,

impossível fazer mais que deixar escorrer seca entre os vãos dos dedos.

Também há dias em que parece certo,

e é como se um oco caminho, entre o que cavo,

já estivesse aberto.

Nenhum comentário: