Cada dia é uma ferida que lentamente se vai abrindo na massa
da vida, do tempo, de um homem.
Cavo meus dias dia a dia , desvelando o oculto entre a terra densa do futuro.
Por vezes tão modelável - barro ou argila.
Mas outras surge pedregosa e árida,
impossível fazer mais que deixar escorrer seca entre os vãos dos dedos.
Também há dias em que parece certo,
e é como se um oco caminho, entre o que cavo,
já estivesse aberto.
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